Capítulos 3 e 4: Um novo casal e Novidades

Cheguei muito antes que Jake em casa. Olhei para os lados como um vencedora. Sim, ganharia um beijo dele. Começei a andar e senti dois braços quentes me envolvendo. Jacob.



- Cadê minha recompensa? - perguntou.


- Sua? Eu cheguei primeiro!


- Não não. Eu cheguei.


- Tudo bem, aqui está a sua recompensa. - me levantei na ponta dos pés para beijar seu lábio inferior. Jake era realmente enorme e forte. Ele me levantou e começamos um beijo muito mais forte. Seus braços começaram a me apertar, mas não estava ruim, na verdade, eu amava.


- AHAM! - Emmett.


Jake me deixou nao chão e nós dois ficamos corados. Nos olhamos e começamos a rir que não parávamos mais. Emmett teve que esperar um minuto, até que disse:


- Bom Jacob, acho que deve uma explicação a minha família, principalmente a Bella e Edward. Ele esta te esperando na sala, boa sorte cachorro.


Nunca havia escutado Emmett falar daquele jeito. Normalmente estava sempre animado, falando alto e principalmente rindo. Aquilo me fez ficar um pouco nervosa, mas entramos na sala. Papai e mamãe nos esperavam sentados no sofá. Então papai começou:


- Jacob, acho que devemos conversar.


- Claro Sr. Cullen.


Aquilo também era estranho. Jake chamar papai de Sr. Cullen. Realmente, não estava gostando nada do clima em que encontrávamos. Seria uma conversa séria, e eu escutaria.


- Ness, querida. Você não. Essa conversa é somente entre eu, sua mãe e Jacob. - papai me disse.


Ora! Que injusto! Eu também devia fazer parte dessa conversa! Tinha certeza de que iam falar sobre mim!


- Não. - papai apenas disse. Merda! agora ele ia ler meus pesamentos também...


- Renesmee Carlie Cullen! Olha a boca! - papai levantou a voz


- Desculpe. - fiz sinal com a mão, como se estivesse lavando-a.


- Assim é melhor. Com sede? - meu pai perguntou-me assim que viu meus olhos escuros. Eles sempre ficavam iguais aos do meu pai.


- Sim.


- Bom... Emmet, Alice, Esme?


- Tudo bem. Também estamos com sede. - Minha avó já descia as escadas, vindo até o meu lado.


- Quando voltar, direto para a cama, certo?


- Tudo bem, mãe.


Dei um beijo de despedida em Jacob, e escutei a voz do meu pai, reprovando é claro. Fomos então caçar. Ali, naquele grupo, me sentia solta, um dos melhores de caça, pois me deixavam livre para caçar o que eu quisesse. Senti um cheiro agradável. Alce. Uma das minhas presas favoritas. Saí em silêncio na direção do cheiro, e num salto apenas consegui prendê-lo nos meus braços, dei uma dentada na região de seu pescoço, onde se sentia a corrente sanguínea. Em pouco tempo, o sangue do animal havia me abastecido, e meus olhos já estavam voltando a cor normal: dourados. Encontrei os outros, e então voltamos para casa.


- Ness... acorde, hora de ir para a escola.


Era uma voz familiar, mas não a mesma que sempre me acordava. Não era em minha cabeça que eu a ouvia, e sim aquela voz vinha de meus ouvidos. E tinha um hálito quente. Jacob. Mas... como meu pai deixou Jake me acordar? Isso já era rotina dele. Estranho...


- Jake...? - minha voz saiu arranhada.


- Sim. Aqui. Passei a noite inteira no seu quarto, vi você dormir, por um tempo só, depois me deu sono e eu também dormi. - ele corou.


- Own Jake! - corri para os seus braços. - Mas... e papai?


- Digamos que depois que eu conversei com seus pais, tudo ficou bem. E bem... eles queriam um pouco de sossego e privacidade, então imaginei que não se importariam de eu vir aqui em seu quarto.


- Papai e mamãe...?


- Sim Ness. Bom, mudando de assunto... Acho melhor você se arrumar, pois temos aula daqui a pouco tempo.


- Ah sim. Aula. Jake, se não se importa, pode me dar licença para eu me trocar?


- Claro! Só queria te perguntar uma coisa, antes de sair.


- Fale.


- Bem... hm... estamos namorando?


- Oh! - eu realmente não tinha parado para pensar nisso. - Acho que sim, não?


- Bom, é. Acho que sim...


- Ok ok... Desça que eu estarei lá embaixo em pouco tempo.


- Te esperarei para tomarmos café da manha juntos. - Jake saiu do quarto dando a risada que eu tanto amava.


Enquanto me trocava, veio a minha cabeça novamente o assunto velhice. Não tinha a mínima ideia de como seria nossa vida daqui a alguns anos, melhor, uns oito anos. Quando eu já atingiria minha fase de uns trinta anos, e Jake ainda teria aparência de uns vinte. Achei melhor tirar isso da cabeça, e desci as escadas sentindo um cheiro muito bom de bacon. Não encontrei Jake na sala, e então resolvi verificar na cozinha. Lá estava ele, com um avental branco se sujando inteiro tentando fazer bacons e ovos fritos. Alguns me pareciam queimados, mas como eu estava com fome, além de ter sido o Jake a prepará-los, não me importava com a ideia de come-los queimados.


- Bom dia cozinheiro!


- Bom dia! Gosta de ovos com bacon?


- Sim! Minha comida humana favorita! - como eu era híbrida, também comia comida humana, como quando eu ia jantar na casa do vovô Charlie e de Sue. Sim, Charlie havia se casado com Sue depois que mamãe veio morar com papai. Sue estava sozinha, já que seu marido havia morrido, e seus dois filhos haviam se tornado lobisomens. Tinha dó de Leah, a única femêa no bando. Mas Jake sempre me dizia para não sentir dó dela, já que ela sempre tinha os piores pensamentos do bando. Aceitei vovó Sue normalmente, como se ela sempre tivesse feito parte da família. Era uma boa pessoa. Mamãe demorou um pouco mais de tempo para aceitar. Quebrou alguns pisos e sua cama, mas nada que Esme não podia consertar. Mamãe não aceitava que Charlie havia trocado Reneé por Sue.


Eu me sentei na mesa que já estava posta com dois pratos e dois copos, e esperei Jake terminar de fazer nosso "café da manhã", ou assim dizia ele. Jake pegou meu prato e me devolveu com uma escultura. Olhei o prato que estava na minha frente e vi que Jake havia feito uma carinha, com dois olhos de ovo e uma boca de bacon.


- Jake! Que lindo, amor! Amei!


- Ness, decidi copiar meu pai. Ele geralmente fazia isso para minhas irmãs, quando eram menores.


- Jake, eu não vou comer! É lindo.


- Ness, não precisa de tanto. Coma. Sei fazer de novo.


Então, com muita dor no peito, fui comendo a carinha que Jake havia desenhado para mim no prato. Depois que acabamos de tomar café, Jake começou a esquentar o motor da moto, no começo, não entendi direito porque ele estava fazendo isso, e então ele me explicou que meu pai havia dado autorização para Jake me levar todos os dias para a escola. Olhei para ele indignada. Como ele havia conseguido meu pai dexar Jake me levar E de moto? Ele não me respondeu e segui para o quarto para terminar de arrumar meu cabelo. Desci para a garagem, e Jake já estava preparado para partir. Subi na garupa e coloquei meus braços envolta da sua barriga, então seguimos para a escola.



Chegando na escola, Jake parou a moto, numa vaga próxima de um carro. Desceu da moto, me ajudou a sair dela e me deu um beijo. Todos pararam, inclusive Loius e seu bando. Olhei para a rua e vi uma viatura parada do outro lado da calçada. Me lembrei do vovô. Estava com saudades dele. O sinal tocoi e Jake me puxou para a nossa primeira aula: educação física. Dia de badminton. Odiava educação física! Jake pediu para o professor para fazermos dupla, e ele aceitou. Então o tempi passou mais rápido do que eu esperava.


Já estávamos na última aula quando parei para reparar no tempo. O dia estava passando rápido. A aula de educação física, o intervalo, tudo. Percebi então que quando fazemos até aquilo que não gostamos ao lado da pessoa que amamaos, o tempo passa voando. Saímos da última aula e fomos para o estacionamento. EU já sabia quem era. Louise. Jacob não percebeu e continuou andando.


- Jake, Louise parece estar te chamando. - eu disse.


- Sério? Eu não tinha escutado...


Jake virou-se e parou com a mão na minha cintura. Coloquei a cabeça no seu ombro, local onde minha cabeça alcançava. Louise virou-se para ele e começou a conversar, me ignorando.


- Sabe Jacob, estava imaginando se você não estava adim de ir comigo a Port Angeles.


Ah! Então ele achava que o problema estava com as amigas dela? Hahaha! Humana estúpida.


- Bom... desculpe Louise, mas só irá nós dois?


- O plano era esse.


- Me desculpe, mas não vou a lugar nenhum onde minha namorada não for. - ele deu uma certa ênfase na palavra NAMORADA.


- Oh, claro. Não sabia que tinha namorada. Quem é?


- Nessie. - isso soou mais como se ele estivesse me chamando.


- Oh, ela?!


- Sim, Louise. Eu.


Louise me olhou torta. Quer saber? Dane-se! Jacob já era meu, e sempre seria. Não tinha o porque de me preocupar com uma loira que se achava a tal.


- Bom, acho que podemos deixar para uma próxima vez então, Jacob?


Dei risada. Essa próxima vez de que Louise estava dizendo seria quando Jake terminasse comigo. O que nunca iria acontecer. Louise me olhou nervosa mais uma vez.


- Hm... acho meio impossível, Louise. Se você está pensando em me convidar mais uma vez sem que Ness esteja em seus planos, é melhor parar de perder seu tempo.


- O.K.


Louise saiu revoltada e suas amigas começaram a fofocar. Parecia que a garota que tinha o colégio na ponta dos dedos, começava a perder seu reinado.


Subimos na moto, e voltamos para casa muito rápido. Jake foi me explicando como meu pai o deixara me levar e buscar na escola, mas em algumas partes ele pausava e continuava numa parte totalmente perdida da conversa. Estava me escondendo alguma coisa.


- Sabe Ness... acho que temos que contar a notícia a mais pessoas...


- Como assim? Notícia? Mais pessoas?


- Sim Ness. Acho que devíamos contar que estamos namorando para meu pai e seu avô. Charlie adoraria saber que agora faço parte da família.


- Claro! Estou começando a ficar com saudades do vovô! Já era sem tempo irmos visitá-lo.


- Hahaha! Sim Ness! Acha que consegue controlar sua sede na frente de alguns humanos?


- JAKE! Assim você me magoa. São meus familiares. Nunca teria coragem de me alimentar de ninguém da família!


- Oras, mas não estava dizendo do seu avô, nem da sua.... avó. - Jake também não tinha se acostumado com a ideia.- Dizia do meu pai. Billy.


- Jacob!- dei um tapa no seu ombro- Seu pai é da família também, meu sogro! Nunca, jamais vou tomar seu sangue também!


- Brincadeira amor.


Chegamos em casa, e estavam apenas Esme e Alice. Carlisle havia saído para trabalhar no hospital, Emmett estava na faculdade - sim, ele decidiu que queria se tornar professor de artes plásticas - e Jasper, Rosalie, mamãe e papai estavam numa viagem de caça. Voltariam em torno de três dias.


- Boa tarde, Esme! - Minha avó paterna, preferia que eu continuasse a chamá-la de Esme ou mãe.


- Boa tarde querida!


- Mãe... eu e Jacob estávamos pensando em ir visitar Charlie e Billy, queríamos contar que estamos namorando.


- Oh! Aproveitem e vão contar a novidade. Use o carro de sua mãe. Edward não gostaria de abrir seu carro e sentir cheiro de lobisomem.


- Tudo bem.


- Boa viagem.


Descemos a garagem de mãos dadas e fomos em direção a Forks.






4- Notícias.






Chegamos em pouco menos de dez minutos em frente à casa de vovô Charlie. A mesma desde que vovó Reneé abandonara ele. Jake desligou o carro e Charlie já estava na porta de casa, gritando o nome de minha mãe. Isso foi um pouco constrangedos, pois na verdade quem estavá lá, era eu, sua neta que estava com tantas saudades e Jake, meu namorado.


- Oi vô. - eu disse quando Jake abriu a porta do carro para mim.


- Oh! Ness! Estava com saudades de você!


No mesmo instante, vovó Sue saiu de casa, perguntando a Charlie quem estava ali.


- Oi vó!


- Ah! Oi Nessie. - vovó veio ao meu encontro e me abraçou


- Jacob? Você por aqui? Aonde está Bella e Edward?


- Sim Charlie, sou eu.


- Eles estão em casa. Mandam lembranças.


- Sua mãe nunca mais veio nos visitar... estou com saudades dela...


- Mamãe anda meio...- como eu diria a vovô que ela estava caçando? Vovô sabia quem nós éramos, mas não precisávamos contar a ele que sua filha agora se alimentava de sangue. Isso já seria demais para ele. - ocupada e não deu para ela vir.


- Bella está grávida de novo?!?!


- NÃO! Mamãe só está em casa, quis descansar. Apenas isso.


- Ah...- vovô ficou pensando naquilo por um instante.


- Vocês podiam ter telefonado antes, tinha feito alguma coisa, crianças! - vovó disse, quebrando o silêncio.


- Não precisa! Estamos apenas de passagem, viemos trazer boas notícias!


- Quais? - vovô disse de imediato.


- Vamos conversar lá dentro, não acham melhor?


- Claro vó. Obrigada.


Entramos em casa e dei uma rápida espiada no interior dela. Algumas coisas haviam mudado, coisas de que se mamãe entrasse, começaria a dar um de seus chiliques. Sue havia pintado o armário que vovó Reneé havia pintado assim que eles se casaram. Também repareu que alguns móveis haviam mudado. Como o velho sofá, que agora era um novo e aconchegante sofá. Devia ser de Sue, que havia trazido alguns de seus móveis quando ela casou-se com vovô. Reparei que a casa estava numa certa bagunça. Leah e Seth. Meus dois novos tios que também foram morar em casa. Por chilique da minha mãe, tiveram que aumentar a casa, pois ela não queria que tirassaem seu quase vazio quarto de lá, e muito menos que Leah se mudasse para ele - como se ela também fosse aceitar isso - então, contruíram no andar de baixo mais dois quartos e um banheiro. O terreno era bastante grande para suportar mais essa reforma. Uma coisa que não pude deixar de notar foi o típico cinto com a arma pendurada no descanço, perto da porta e ao lado de suas botas, como sempre. Mamãe sempre me contava que quando vinha passar férias com vovô, e logo depois quando ela veio morar com vovô, o cinto e as botas ficavam no mesmo lugar. A TV de plasma também era a mesma, a que eu um dia quase cheguei a quebrá-la, pois não conseguia me comunicar com as pessoas que estavam na TV, então me revoltava, e papai me pegava no colo, antes que eu jogasse a Tv longe de mim. Sentei no novo sofá com Jake ao meu lado. Vovô e vovó sentaram-se juntos, na nossa frente.


- Então Nessie, disse que trouxe notícias. Quais são elas? - vovô começou.


- Bom, Jake e eu... bem...- corei.


- Você e Jake...?


Fiquei um tempo em silêncio e descobri que estava nervosa. Quando começei a me recuperar e abrir a boca para voltar a falar, Charlie foi mais rápido e perguntou:


- ESTÁ GRÁVIDA?


- Não vô! - como ele podia pensar que eu havia engravidado em plena fase adolescente?!


Jake percebeu que eu não conseguiria seguir muito com a conversa, nem mudar meu avô de ideia. Então terminou a conversa por mim, de uma vez por todas.


- Estamos namorando, Charlie.


- Como?


Sabia onde aquilo ia parar. Minha mãe me contou como foi quando papai e ela contaram a vovô que eles iam se casar. Comigo não seria diferente. Ele já tinha até cogitado gravidez!


Vovô então começou com seu festival de cores. Primeiro ele empalideceu. Depois, vermelho, roxo e azul. Pensei que depois da última tonalidade, vovô fosse expludir, assim como um lobisomem, mas ele respirou e a medida que ia se acalmando, sua cor foi voltando ao normal. Azul, roxo, vermelho e a cor normal. Parou um minuto e disse:


- Bem, Jacob, sabe que eu gosto muito de você. Mas não achava que gostava da minha neta e sim da minha filha.


Ah, mamãe também havia me contado a história com Jake. Achei aquilo realmente estranho. Nunca que papai iria abandonar minha mãe, ainda mais humana com tantos perigos a envolvendo. Depois mamãe começou a ficar mais com Jake, e então ele achava que estava apaixonado por ela. Mas a verdade é que eles estavam juntos, sempre juntos, pois Jake estava me esperando. Ele amaria não mamãe, mas sim aquela que estava dentro dela. EU.


- É Charlie, a vida dá voltas. - vovô não sabia daquela história. Não era preciso contar mais uma a ele.


- Pensei que tivesse até hoje não recuperado o que sente por Bella.


- Charlie, Bella casou-se. Tem uma vida feliz e completa. Além do mais, percebi que nuna amei Bella, e sim tive uma confisão de emoções. Sabe como aquela época foi difícil para todos nós.


- Mas, ama a filha da Bella?


- O amor não é escolhido e sim se escolhe, por vontade própria.


- Ness? O que acha disso?


- Ah, vô... - aquilo ia ser mais complicado do que dizer ao meu pai que eu amava Jake. - Amo Jake mais do que qualquer coisa nesse mundo, vô!


- Jake, por mim você sempre foi da família, mas... me parece que a família dos Cullen tem meio que um preconceito com você. Já conversou com Edward?


- Sim. Foi a primeira pessoa.


- E, o que ele disse? - vovô corou.


Ele estava começando a ficar inconveniente. Talvez fosse a idade, ou até estava fazendo as perguntas para o meu bem e de Jacob. Mas até vovó estava começando a se incomodar.


- Bem... disse que não queria que isso tivesse acontecido. Pois ele sabe que eu havia gostado de Bella. Mas não acho que isso interfira na nossa vida. Enquanto Edward não entender que minha vida se resume a Nessie, ele me rejeitará. Bella está me ajudando nesse ponto, tentando fazer a cabeça dele. Mas não me preocupo, pode levar o tempo que quiser, eu esperarei até que a ficha dele caia.


- Entendo...


- Bom... - vovó disse querendo terminar com aquele assunto por ali - vou até a cozinha preparar alguma coisa para vocês, pelo menos. Ness, tem chá aqui em casa, comprei ontem. De maçã, quer?


- Vó... não precisava! Meu chá favorito!


- Charlie me diz sempre quando vamos até o mercado, então resolvi comprar um para quando você viesse nos visitar.


- Vovô? Indo ao mercado? O que houve?


- Ness... as coisas mudaram um pouco. Ir ao mercado não é tão ruim assim...


- Entendo. - nós quatro caímos na risada por um longo tempo.


Fui para a cozinha com vovó, e ela começou a fazer uma massa e o meu chá. Sentei na cadeira que minha mãe costumava sentar, e começei a lembrar do dia que papai e mamãe resolveram contar a verdade à Charlie. Mamãe não aguentava mais esconder o que ela era. Logo, ele também resolveria o mistério por si só. Mamãe não gostava de ficar muito tempo sem vê-lo. Além de eu crescer muito mais rápido do que qualquer criança normal. Vovô reagiu bem até quando mamãe lhe disse o que ela havia virado. Ele começou a rir, pois já sabia da história de Jake - agora vivia com dois lobisomens em casa. Sobre os Volturi, nossas regras e que somos vegetarianos, ele reagiu muito bem. Depois como tudo ia bem, resolveram contar a ele que eu tinha poderes. Papai preferiu não contar o seu. Nossa intenção não era enlouquecer vovô. Então papai lhe explicou o que acontecia comigo, e que eu crescia mais rápido que uma criança humana. Ele entendeu tudo, e desde então seguimos a vida normalmente. Os Volturi até então não sabiam que alguns humanos sabiam do nosso segredo, e eu agradecia por isso. Tinha medo deles.


- Nossa Ness, o que houve?


- Nada vó! Só estou lembrando de algumas lembranças...


- Ah...


Tomei o chá de maçã. Então lembrei que Emmett pedira da última vez, que eu levasse para casa, para ele experimentar. Decidi não tomar tudo e levar um pouco para ele. Ri imaginando a cara que ele faria quando tomasse o primeiro gole. Eu o havia deixado com uma imensa curiosidade. Sabia que ele não ia gostar.


Assim que terminei de beber o chá na cozinha, fui para a sala, ver o que estava acontecendo. Tinha mais uma voz. Era feminina. Leah. Não me dava muito bem com ela, por não gostar muito de mamãe e também de mim. Já havia tentado me reconciliar com ela, mas ela não aceitou. Leah me olhou de lado e comentou:


- Não sabia que tinha mais gente em casa. - Oras, mais é claro que sabia! Leah é uma lobisomem, sente nosso cheiro a quilometros de distância. Ela só fez aquilo para me provocar.


- Oi. - foi o que consegui responder.


- Mãe, pai, o que ela faz em casa?


- Ela é sua sobrinha! Tente respeitar mais ela.


- Nunca que uma sanguessuga vai ser algo minha!


- Acalme-se Leah. Ness e Jake vieram apenas nos trazer boas notícias. - Sue pediu.


- Sério? Quais? - ela disse num tom bem irônico, o que me fez tremer de raiva.


- Eles estão namorando. - vovô lhe contou.


- Oras que maravilha! Agora Jacob, vê se guarde seus pensamentos para você, ok?


- Leah me desculpe, mas em Ness não tem como não pensar. Pelo menos meus pensamentos ficam para mim e não me lamento por todo lado, como uma bebê chorosa.


Senti que o clima não estava dos melhores, e achei melhor dizer tchau. Outro dia, quando Leah não estivesse, voltaríamos para uma visita um pouco mais demorada.


- Vamos? - perguntei à Jake.


- Sim. Temos ainda muito o que fazer.


- Tchau vó. Levarei o resto do chá para casa, ok?


- Não se preocupe! Tem mais chá aqui em casa, sempre que quiser.


- Ok! Obrigada.


- Mande lembranças nossas à sua mãe e Edward. - vovô me pediu.


- Claro!


Nos despedimos, e como começou a chover, entramos logo no carro de mamãe. Jake assumiu mais uma vez o volante, e aos poucos, deixávamos a casa do meu avô para trás.


- Preparada para um replay? - Jake me disse.


- Sempre estarei preparada quando você estiver do meu lado.


Jake me deu um pequeno beijo na minha mão, e entramos na estrada rumo à La Push.